Bedico, hoje você faz 8 anos. Mano do céu!
Entre as coisas que não dá para falar de você acho que a principal seria tédio.
Você é diversão, confusão, agito, carinho, humor, braveza, cuidado, emotivo, corajoso, agitado, proativo, implicante, enfim…. É O CAAAAAAAAAAAAOOOOOOSSSSSSSSS.
Te ver crescer é muito bom. Ainda mais na parceria que temos.
Você é meu companheiro no futebol (pai, joga no meu time). No videogame. Nos jogos na TV. Na hora de dormir. No mar. Na piscina, Para jogar bolinha.
Aliás, eu sou o seu companheiro eleito para essas atividades.
Ô pai, vamo…
E como eu me divirto fazendo essas coisas.
Nossos sábados de manhã quando descemos para quadra e lá jogamos diversas modalidades, como: chute ao gol, gol a gol, altinha, “ping pong”…
Esses dias estávamos viajando e era a final do mundial de clubes. Enquanto as meninas foram as compras nós fomos para um boteco. Você na coca, eu na caipirinha, na TV o jogo e em nossa mesa risadas e companheirismo.
Todo dia que chegávamos nas praias era sempre a mesma coisa:
– Pai, você vai entrar na água?
– Vou, Be.
– Então, vamos…
– Calma, tem que passar protetor.
Ai você passava protetor.
– E agora, vamos?
– Be, eu ainda tenho que passar em mim. Vai indo.
E você ia? Ia nada. O legal é ir junto.
E as pérolas que você solta.
Fomos fazer o caminho de moisés, com a maré super baixa. As meninas pararam na -metade do caminho, mas eu quis prosseguir. E você veio junto.
Andamos, andamos, andamos.
– Pai, vamos voltar?
– Peraí, vamos só até aquela ponta.
Lá chegando:
– Pronto, vamos voltar.
– Mas, pai, não tem nada para ver aqui?
– Não, só queria vir até o final do caminho.
Você fala virando as costas para retornar:
– Então, viemos aqui para nada?
E sai andando cheio da razão.
Fico te olhando sem saber se dou risada ou arranco um coral do chão e jogo na sua cabeça. Achei melhor dar risada.
No barzinho que paramos para ver o jogo, em determinado momento o garçom parou na mesa da frente para cobrar a conta, ficando na frente da TV.
Você chegou perto de mim e falou baixinho, mas como se estivesse falando ao garçom:
– Você quer fazer seu traballho ou ver o jogo?
Dei uma gargallhada alta e obviamente tive que contar para o garçom. Claro, depois de pedir sua aprovação. Ele também riu alto.
Agora você está com mania de tentar me dar rolinho. E serve qualquer coisa: bola, papel, pedra, chinelo… O que estiver pela frente.
É uma coisa besta? Sim. Eu poderia deixar? Poderia. Eu deixo? Ora pois, sou um homem ou um rato? Claro que não deixo. Mas, isso acaba sendo um inferno, porque tenho que andar com as pernas fechadas o tempo todo e estar sempre alerta.
A minha sorte é que só conta quando completa o rolinho, então as vezes o objeto até passa entre minhas pernas, mas na hora que você vai completar a diferença de peso conta a meu favor e te empurro para longe.
Esses são alguns exemplos de nossa parceria e como é bom te ver crescendo.
Entre as demonstrações de maturidade e as arrumações dos seus ursinhos você vai se desenvolvendo de uma forma poética.
E nessa poesia que é você quero seguir sempre sendo parte da sua rima.
Parabéns, meu filhotinho.
Obrigado, meu filho, por ser quem você é.
Obrigado, meu filho, por eu ser quem eu sou.
Feliz 8 anos de vida, zé ruela.